Paulo Maluf

Paulo Maluf
Paulo Maluf
Paulo Maluf em 2015
Deputado federal por São Paulo
Período 1° - 1º de fevereiro de 1983 até 1º de fevereiro de 1987
2º - 1º de fevereiro de 2007 até 22 de agosto de 2018 (3 mandatos consecutivos)
46.º Prefeito de São Paulo
Período 1° de janeiro de 1993 até 1° de janeiro de 1997
Vice-prefeito Sólon Borges dos Reis
Antecessor(a) Luiza Erundina
Sucessor(a) Celso Pitta
50.° Governador de São Paulo
Período 15 de março de 1979 até 14 de maio de 1982
Vice-governador José Maria Marin
Antecessor(a) Paulo Egydio Martins
Sucessor(a) José Maria Marin
Secretário Estadual de Transportes de São Paulo
Período 15 de março de 1971 até 15 de março de 1975
Governador Laudo Natel
35.º Prefeito de São Paulo
Período 8 de abril de 1969 até 7 de abril de 1971
Antecessor(a) Faria Lima
Sucessor(a) Figueiredo Ferraz
45.° Presidente da Caixa Econômica Federal
Período 13 de maio de 1967 até 7 de abril de 1969
Antecessor(a) Lélio Piza
Sucessor(a) Reynaldo de Barros
36.º Presidente da Associação Comercial de São Paulo
Período 31 de março de 1976 até 14 de março de 1979
Antecessor(a) Boaventura Farina
Sucessor(a) Mário Jorge Germanos
Dados pessoais
Nome completo Paulo Salim Maluf
Nascimento 3 de setembro de 1931 (92 anos)
São Paulo, São Paulo
Nacionalidade brasileiro
libanês
Alma mater Escola Politécnica da USP
Cônjuge Sylvia Lutfalla Maluf
Partido ARENA (1967-1979)
PDS (1980-1993)
PPR (1993-1995)
PP (1995-presente)
Religião Católico
Profissão Empresário e engenheiro
Assinatura Assinatura de Paulo Maluf

Paulo Salim Maluf (São Paulo, 3 de setembro de 1931) é um político, engenheiro e empresário brasileiro. Foi governador do estado de São Paulo (1979–1982), além de duas vezes prefeito de São Paulo (1969–1971; 1993–1996), secretário dos transportes do Estado (1971–1975), presidente da Caixa Econômica Federal, presidente e vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo e líder de cinco partidos políticos.[1] Foi candidato à Presidência da República no último pleito presidencial indireto (1985), como candidato do partido situacionista, e na primeira eleição da Sexta República (1989). Seu último cargo foi o de deputado federal, função que ocupou por quatro vezes.

Na política, Maluf associou-se ao conservadorismo,[2][3] e seu primeiro partido político foi a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), agremiação situacionista durante a ditadura civil-militar, que posteriormente sofreu diversas alterações de nomenclatura, hoje se chamando Progressistas (PP).[4] A ascensão e o sucesso como administrador público estiveram na origem do termo malufismo, em alusão à influência que Maluf deteve na política paulista. Em doze eleições para cargos do Poder Executivo, venceu duas e perdeu dez: uma vitória (para prefeito) e nove derrotas em pleito direto; uma vitória (para governador, como candidato único) e uma derrota em pleito indireto. Foi eleito nas quatros eleições que disputou para deputado federal. Além dos seis mandatos pela via eletiva (direta ou indireta), foi nomeado presidente da Caixa Econômica, Prefeito e secretário estadual.

A indicação de Maluf como candidato da eleição presidencial de 1985, a primeira após a abertura política, dividiu o partido, numa disputa interna de poder. Os membros da Arena contrários à candidatura, liderados por José Sarney, terminaram por fundar o dissidente Partido da Frente Liberal. Maluf foi oficializado candidato, mas perdeu a eleição para Tancredo Neves.[5] Maluf voltaria a vencer um pleito em 1992, para a prefeitura de São Paulo. Dentre as obras públicas inauguradas durante suas administrações como prefeito da capital paulista, estão as Marginais Pinheiros e Tietê, o Elevado Presidente João Goulart (à época denominado Elevado Presidente Costa e Silva) e o Túnel Ayrton Senna.

Depois de deixar a prefeitura, não foi mais eleito para cargos executivos e passou a disputar, com êxito, eleições parlamentares. Foi eleito deputado federal nos anos de 2006, 2010, e 2014, nessa última com pouco mais de 250 mil votos.[6] Em 2017, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal pelo crime de lavagem de dinheiro. O tribunal considerou que Maluf usara contas no exterior para esconder parte dos R$ 3 bilhões desviados das obras da Avenida Roberto Marinho e do Túnel Ayrton Senna entre 1993 e 1996, quando ele fora prefeito de São Paulo.[7] Em 2018, foi condenado pelo STF por falsidade ideológica eleitoral. Cumpriu as penas em prisão domiciliar até maio de 2023, quando por decisão do próprio STF teve suas condenações extintas com base nos critérios do indulto natalino assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.[8][9]

  1. J.R. Guzzo (21 de dezembro de 2017). «Meio século depois». Veja. Consultado em 26 de dezembro de 2017 
  2. Caio N. de Toledo (Novembro de 2002). «Maluf nunca mais?». Revista Espaço Acadêmico. Consultado em 18 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 
  3. Rogério Gentile (1998). «Covas já votou em Maluf; Maluf já votou em Covas». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de dezembro de 2014 
  4. «De volta às campanhas». GCN. 15 de julho de 2006. Consultado em 27 de dezembro de 2014 
  5. Daniela Pinheiro e Thaís Oyama (7 de julho de 1999). «O ocaso de Maluf». Veja. Consultado em 27 de dezembro de 2014 
  6. «Paulo Maluf teve 250 mil votos, segundo TRE, e seria eleito». O Globo. 6 de outubro de 2014. Consultado em 27 de dezembro de 2014 
  7. «Paulo Maluf vai para a cadeia e defesa tenta prisão domiciliar». G1. 20 de dezembro de 2017. Consultado em 20 de dezembro de 2017 
  8. Mariana Oliveira (23 de setembro de 2019). «Fux manda Maluf cumprir em prisão domiciliar a segunda pena à qual foi condenado». G1. Consultado em 2 de fevereiro de 2020 
  9. «Por indulto, STF extingue pena do ex-deputado Paulo Maluf». Poder360. 17 de maio de 2023. Consultado em 18 de maio de 2023 

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